terça-feira, 29 de novembro de 2011

SER CRISTÃO É AMAR E REPARTIR

Um dos pontos nevrálgicos do cristianismo é seu senso de partilha, caridade e amor fraternal, pelo menos, é isso que deduzimos do Evangelho de Jesus Cristo. A Santa Ceia ou Eucaristia simboliza isso também.


"O machado já está pronto para cortar as árvores pela raiz. Toda árvore que não dá frutas boas será cortada e jogada no fogo. Então o povo perguntava: - O que devemos fazer?  Ele respondia: - Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma, e quem tiver comida reparta com quem não tem".(Lucas 3:9-11)


Quem não frutifica na vida não serve para nada! O machado (justiça divina) irá cortar tais árvores e puni-las ("jogadas no fogo").

A recomendação de Jesus no texto lucano vai na contra-mão do hiperconsumismo capitalista. Ele pergunta: Por que tem duas túnicas? Por que tem dois carros? Dê uma túnica para quem não tem nenhuma.

Repartir! Isso faz tremer alguns que vivem para guardar, acumular, verificar o crescimento numérico de seu dinheiro nos extratos bancários. É o quanto mais, mais quero, mais tenho e mais fico possuído pelo desejo de ter.

Tem comida? Maravilha, pois a fome no Brasil e no mundo é imensa, então, reparta com aquele ou aquela que não tem nada para comer.

Cristo nos convoca para vivermos outro modelo societário onde o amor fraternal e a partilha sejam fatores mais importantes do que o lucro, o luxo e a acumulação desembestada.

Já no Antigo Testamento, Deus falava pelo profeta Isaías:

"O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que dêem roupas aos que não têm e que nunca deixem de socorrer os seus parentes".(Isaías 58:7)

Repartir a comida (aquilo que tem), ser caridoso, amor fraternal, essa é a marca mais importante do que regras religiosas e rituais (simbolizados aqui pelo jejum, tão importante para os judeus, especialmente naquela época). Infelizmente, ainda hoje, muitos cristãos valorizam mais a aparência, os costumes, os hábitos pessoais, as orientações sexuais dos outros do que a partilha amorosa. A mensagem de Jesus ainda não foi assimilada por nós.

O apóstolo Paulo resume o cristianismo autêntico assim:

"Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. 
Porém a maior delas é o amor".(1 Coríntios 13:13)