domingo, 4 de novembro de 2012

Encontrei-me com Jesus hoje!



Neste domingo (04/11/2012) fui com a Giowana ao culto da Comunidade Betel/Igreja Presbiteriana da Praia em Botafogo (Rio de Janeiro-RJ), às 19 horas.

Demorei muito tempo para tomar essa decisão de visitar esta comunidade pastoreada pelo amigo reverendo Marcio Retamero. Tenho alguns temores em relação às chamadas “igrejas inclusivas”. Algumas são apenas reproduções dos mesmos discursos pentecostais/neopentecostais com aceitação de pessoas LGBTs. Não vejo nenhuma ruptura profunda com padrões de um deus machista, patriarcal, doador/devedor de bênçãos e autoritário. Não querendo me decepcionar com meu amigo, evitava ir à Betel.

Fui. E vivi um dos momentos mais gostosos de comunhão com o sagrado na minha vida. Cristo verdadeiramente soprava pelo local onde muitos/as “excluídos/as” da vida encontrava-se com Aquele que é o amor todo inclusivo.

O culto é reverente, protestante e reformado, com direito ao uso do hinário nos moldes tradicionais (“Novo Cântico”) e cantado de forma impecável por toda a comunidade. O povo de lá gosta de cantar mesmo! Os louvores (cânticos) eram belos, as letras escolhidas com cuidado e teocêntricos na essência. A santa ceia tinha profundidade mística, sem aquela displicência comum em igrejas evangélicas. A pregação era fiel ao Espírito que perpassa as Escrituras, mas com toques de bom humor em doses corretas.

O uso da Bíblia versão Almeida (RA) não me agrada, implicância pessoal, mas fiquei feliz quando o reverendo Retamero mencionou a Bíblia “A Mensagem” que tem uma tradução mais interessante e contemporânea.

Os momentos de oração eram sublimes, recheados com leituras responsivas das Escrituras – algo que anda em desuso nas diversas denominações “evangélicas” – enquanto uma única vela branca acesa no canto direito do altar dava o tom simbólico da presença do Espírito Santo.

O piano dava um toque especial ao culto e tudo glorificava ao Senhor, incluindo o Ministério de Louvor, todos cantando com zelo pela voz, tons e notas. Por falar nisso, fico espantado como se espalha em muitas igrejas a ideia absurda de que qualquer um deve cantar no culto, sem o cuidado de ofertar o melhor da comunidade para o culto sagrado. Gritar não é cantar e histeria não é culto. O povo da Comunidade Betel/Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) compreende bem isso.

O Credo era especial e incluía os direitos humanos, a diversidade e o amor radical pela humanidade, pois lá encontrei não uma igreja alienada, mas engajada na vida concreta. Aliás, foi emocionante orarmos juntos por todos os oprimidos, pelos empobrecidos e espoliados, pelos que sofrem com a homofobia, pelas prostitutas, pelos soropositivos e idosos/as.

Quem disse que um culto protestante ou reformado deve ser algo sisudo, frio e sem emoções? Afinal, foi a primeira vez que vi Giowana verdadeiramente tocada pelo sagrado e suas lágrimas testemunharam isso, as minhas também.

Enfim, nós saímos de lá com minha alma cheia de gozo pelo Senhor, com grande alegria diante da vida, edificados pelas leituras da Palavra e pregação (diácono Jeferson foi o profeta da noite). Preparado estou para viver mais uma semana debaixo da Sua misericordiosa Graça.

Recomendo a tod@s uma visita: http://www.betelrj.com/

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário